A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo anunciou hoje que os Açores foram certificados como destino turístico sustentável, através da certificadora EarthCheck e ao abrigo dos rigorosos critérios da Global Sustainable Tourism Council (GSTC).
“Somos o primeiro e único arquipélago no mundo com esta certificação”, bem como “a única região de Portugal, num conjunto de 13 regiões do mundo e apenas oito países”, afirmou Marta Guerreiro, que falava, em Angra do Heroísmo, na sessão de abertura do Congresso Anual da GSTC, que reúne cerca de 300 participantes de 42 nacionalidades, cerimónia a que presidiu em representação do Presidente do Governo, Vasco Cordeiro.
“Hoje marcamos a diferença, uma vez mais, entre quem fica no passado e quem tem um papel de liderança na construção do futuro”, frisou a governante, acrescentando que, “orgulhosamente, afirmo que os Açores estão a liderar esse caminho a nível mundial”.
“Estamos na linha da frente”, reforçou a Secretária Regional, salientando que este foi um “compromisso” do Governo dos Açores, mas que os Açorianos, desde logo, “assumiram como seu”.
“As pessoas e as entidades estiveram connosco, cumpriram connosco”, frisou.
“Para nós, esta é a forma de fazer política, de estar, de ouvir, de refletir, de integrar, de produzir e de cumprir”, salientou Marta Guerreiro, referindo que o Governo dos Açores deu início ao processo de certificação do destino em dezembro de 2017, no âmbito da conferência ‘Açores 2017: no rumo do turismo sustentável’, um evento integrado nas comemorações do Ano Internacional do Turismo Sustentável.
“Hoje fica aqui a nossa promessa de continuar a trabalhar para fazer sempre dos Açores aquilo que hoje é: um destino turístico sustentável”, reforçou a governante, deixando nota de que se trata de “um desafio que se estende a todos os agentes do setor, que já mostraram estar envolvidos neste compromisso rumo à sustentabilidade, colaborando neste projeto com elevado empenho e dedicação, mas, acima de tudo, com elevado entusiasmo e responsabilidade”.
Para a Secretária Regional, “a certificação que hoje recebemos não é um fim em si mesmo, pelo contrário, um destino certificado em termos de sustentabilidade nunca pode considerar que o seu trabalho esta feito”, estando “continuamente atento ao seu desenvolvimento e à sua performance, envolvendo um cada vez maior leque de intervenientes e atores locais e internacionais”.
“Fomos repetindo, variadas vezes, que tudo faríamos para que a sustentabilidade passasse de utopia a realidade, numa ação mais presente e consequente na vida de todos nós”, afirmou a Secretária Regional, considerando que a certificação só foi possível porque “houve uma humildade coletiva de aceitar este trabalho constante de autoanálise e de melhoria”.
Marta Guerreiro referiu que o processo se desenvolveu em várias fases, destacando a última, a auditoria no local, que garantiu “total transparência e exigência em todo o processo”, e que incluiu “a revisão de toda a documentação e dos dados recolhidos na fase de ‘Benchmarking’, bem como a visita oficial a três ilhas do arquipélago escolhidas pela Earthcheck: São Miguel (Grupo Oriental), Terceira (Grupo Central) e Flores (Grupo Ocidental), tendo sido visitadas várias infraestruturas em cada uma destas ilhas, como centrais elétricas, centros de processamento de resíduos ou estações de tratamento de águas, de forma a ser verificada a sua conformidade face aos critérios”.
Na ocasião, a Secretária Regional apontou os vários projetos em curso no rumo da sustentabilidade, com destaque para a Cartilha de Sustentabilidade, com subscrições públicas e anuais de compromissos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU por empresas, associações e setor público, que conta com “cerca de 100 subscritores distribuídos por todas as ilhas, com mais de 300 objetivos públicos”.
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