O presidente do Governo Regional afirmou que os Açores “estão a crescer como destino turístico de valor acrescentado” e “longe” da massificação, mas sublinhou que “a mitigação da sazonalidade constitui uma das prioridades”. “Os Açores estão a crescer, a desenvolver-se e a afirmar-se como um destino turístico de valor acrescentado, onde se reconhece qualidade e por aí se gera riqueza”, afirmou José Manuel Bolieiro. O chefe do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava na sessão de abertura do 47.º Congresso Nacional Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAV), que decorre em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, reunindo mais de 700 congressistas. Na sua intervenção, o chefe do executivo açoriano disse que 2022 se perspetiva “como o melhor de sempre” para o turismo dos Açores, o que “veio confirmar” a importância do setor para “o desenvolvimento da economia açoriana”. No final de setembro, os dados estatísticos revelam que “os proveitos totais da hotelaria tradicional e restauração, mais de 104 milhões de euros, superaram o valor de 2019, em cerca de 19%”, indicou. No entanto, e segundo acrescentou, “o acumulado de dormidas em empreendimentos turísticos e de alojamento local teve uma evolução apenas de 4,1%”. E, “daqui resulta a conclusão óbvia de que, mais do que a quantidade, é na geração do valor que nos estamos a superar de forma notória”, assinalou o chefe do executivo açoriano. José Manuel Bolieiro defendeu, por isso, que é preciso assegurar a sustentabilidade nas suas “três componentes essenciais, a ambiental, económica e social”. José Manuel Bolieiro considerou ainda como “um verdadeiro desafio” a distribuição dos fluxos turísticos pelas nove ilhas, “de Santa Maria ao Corvo”, a mais pequena ilha açoriana. “É também através da qualidade e da diferenciação, mas apostando na inovação e direcionando a promoção externa, que poderemos atenuar outro desafio a vencer, o da sazonalidade, para criar maior equilíbrio da procura ao longo de todo o ano”, sustentou. José Manuel Bolieiro alertou que “se avizinham novos desafios” que “exigirão resistência e resiliência”, devido às consequências, que ainda se fazem sentir, provocadas pela pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia, a inflação, a crise energética e, também no caso dos Açores, a falta de mão-de-obra que “trazem motivos para estarmos atentos e sermos proativos na ação”. O presidente do Governo dos Açores assinalou ainda que os Açores têm “características únicas na natureza, nas pessoas, na cultura, no património”, que asseguram a diferenciação do destino e permitem experiências aos viajantes de “pureza, simplicidade e genuinidade”, elementos que “já se perderam, infelizmente,” em outros locais do mundo. Fonte: Jornal Açores