Arquipélago dos Açores – Certificado como Destino Turístico Sustentável

Enrico Belcore, da One Planet Journey, conversa com Carolina Mendonça, coordenadora do Açores DMO, para descobrir como este arquipélago deslumbrante se tornou um pioneiro do turismo sustentável. O que podemos aprender em relação a evitar o turismo de massa e, em vez disso, buscar uma abordagem mais consciente com as comunidades locais no centro? Os Açores – Um Pioneiro do Turismo Sustentável Em 2019, os Açores tornaram-se o primeiro arquipélago do mundo a ser certificado como destino turístico sustentável pela EarthCheck. Na sequência dos esforços para cumprir os rigorosos requisitos de certificação, em 2022, as ilhas portuguesas conquistaram o prémio de Melhor Destino Europeu de Aventura nos World Travel Awards pelo terceiro ano consecutivo, demonstrando mais uma vez o sucesso de uma campanha turística eficaz que coloca a sustentabilidade e a conservação no seu cerne. “Não queremos nunca nos tornar um destino de turismo de massas, o que precisamos é de promover mais qualidade do que quantidade” – Coordenadora do Açores DMO, Carolina Mendonça. Durante a nossa conversa, Carolina explicou e resumiu o principal conceito que orienta a campanha de desenvolvimento turístico para o arquipélago. Ele se concentra no desenvolvimento e proteção dos recursos naturais da região, propondo um plano de 7 anos para o desenvolvimento sustentável. A intenção é atrair um tipo de turismo mais consciente, centrado no ar livre, na cultura local e nos produtos regionais. Um modelo que beneficia toda a área e envolve os açorianos no processo. Açores – Rural e Popular A mais de 1400 km de Lisboa, as nove ilhas dos Açores são os territórios portugueses mais remotos e muitas vezes esquecidos. Nos primeiros dias do desenvolvimento do turismo na região, as vizinhas Madeira e as Ilhas Canárias abraçaram o boom de viagens da década de 1980. Os Açores lutaram para se estabelecer como um destino regional, optando por uma economia mais tradicional, baseada na pecuária leiteira e na pesca. Depois de algumas tentativas tímidas de investidores estrangeiros no final dos anos 80, os Açores viram um aumento repentino de popularidade em 2015. O arquipélago abriu seu mercado aéreo, permitindo tarifas mais baixas e múltiplas conexões com a Europa e a América do Norte. Isto, aliado ao recente interesse crescente pelo turismo rural e eco-stays, levou os Açores a atingir um recorde de 1,2 milhões de hóspedes em 2023. A conquista representou um aumento de 14,8% em relação ao ano anterior e cerca de 23,46% em relação a 2019. Ao ficar fora das principais rotas turísticas por mais de 30 anos, os Açores se viram em uma posição ideal: rural, mas adornada com maravilhas naturais únicas, culturalmente autênticas, mas ainda abertas a novos desenvolvimentos. Recentemente reconhecido por suas conquistas em destinos sustentáveis, o arquipélago ganhou fama internacional. Açores – Turismo Sustentável com Comunidades Locais no Centro Para grande parte da população, essa nova atenção criou oportunidades de emprego. Muitos jovens açorianos optam por trabalhar no turismo em detrimento de setores tradicionais, como a pecuária leiteira e a pesca. Mas, à medida que os preços sobem e os investidores estrangeiros superam os locais no mercado imobiliário, opiniões divergentes sobre o milagre do turismo da ilha começam a surgir, levantando preocupações sobre o verdadeiro custo do desenvolvimento do turismo. Do ponto de vista de quem está de fora, pode parecer um processo familiar, algo que já aconteceu em vários destinos turísticos em todo o mundo. Isso muitas vezes leva a um turismo de massa insensível, hostil a quem não se conforma com o novo modelo econômico. Tanto o governo açoriano como os seus cidadãos estão bem cientes dos desafios que um aumento repentino da popularidade traz. “Acreditamos que o turismo só é bom se funcionar para os locais”, tranquilizou-nos Carolina Mendonça ao abordar o tema. “Os açorianos são os principais protagonistas do desenvolvimento sustentável dos Açores.”  Projetos como a Cartilha de Sustentabilidade dos Açores são algumas das iniciativas implementadas pelo Açores DMO para garantir que as empresas locais estejam envolvidas na transição verde. A iniciativa tem como objetivo informar e dar a qualquer empresa açoriana as ferramentas necessárias para adaptar o seu modelo de negócio a práticas sustentáveis, tudo através de workshops, eventos e fóruns de networking gratuitos. “O projeto começou em 2017 com 45 empresas, eagora temos cerca de 200 inscritos no projeto“, continua Carolina. Ativos Turísticos dos Açores O governo regional está, de fato, atento às comunidades locais. Em 2023, o governo restringiu o acesso de automóveis à Lagoa do Fogo, um dos locais mais visitados e únicos dos Açores. O número crescente de carros dirigindo até o lago e estacionando ao longo da estrada principal criou tensões entre os moradores da área. Para aliviar a pressão sobre o sítio natural protegido, o governo introduziu um novo serviço de transporte. Serve o percurso durante a alta temporada, oferecendo passeios gratuitos para todos os moradores. Com esta mentalidade, a Açores DMO identificou os principais ativos do arquipélago, e o património cultural local é certamente um deles. Um plano de turismo que funcione em paralelo e para os locais beneficia ambas as partes. Mantém a população envolvida com novos modelos econômicos, ao mesmo tempo em que protege e enriquece os ativos das ilhas. O mesmo vale para as características naturais únicas do arquipélago, que são fundamentais para o modelo de turismo da região. O plano da Açores DMO é trabalhar com esses recursos, criando atividades e ofertas capazes de melhorar e elevar os tesouros da ilha. Gestão Sustentável do Turismo nos Açores Desenvolver o turismo vem sempre com os seus desafios, como reconhece Carolina Mendonça. “O desafio que enfrentamos agora é que os turistas estão se concentrando demais em certas áreas. Um dos principais objetivos da nossa estratégia é distribuir melhor os fluxos turísticos. Queremos espalhar os visitantes por todo o arquipélago e melhorar a acessibilidade. Não venha apenas a São Miguel. Você precisa ver todas as 9 ilhas para realmente conhecer os Açores.  A Açores DMO está atualmente a trabalhar em sistemas de monitorização que permitam uma contagem precisa dos viajantes presentes em determinadas áreas protegidas. Isso ajudará a estabelecer …

Açores Recebem Prémio “Destino Revelação” pela AHRESP

Os Açores foram distinguidos com o prémio “Destino Revelação – Rotas Açores” pela AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) destacando-se pelo trabalho contínuo do Governo Regional na promoção do setor turístico. O projeto Rotas Açores – Itinerários Culturais e Paisagísticos, que inclui a Rota da Baleação, a Rota dos Vulcões, a Rota dos Vinhos e a Rota do Queijo, foi criado para diversificar a oferta turística e realçar a riqueza cultural das nove ilhas do arquipélago. Estas distinções que os Açores têm recebido validam o esforço do Governo Regional em posicionar os Açores como um destino turístico de excelência, acessível durante todo o ano e em todas as ilhas. Ler notícia na íntegra: AQUI Fonte: Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas

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Governo dos Açores celebra Dia Mundial da Terra com ação de sensibilização em todas as Escolas

Os Açores celebraram, hoje, dia 22 de abril, o Dia Mundial da Terra com a realização de uma ação de sensibilização ambiental, em formato ‘online’, abrangendo todas as Escolas dos Açores, desde o 1.º ciclo ao Ensino Secundário. Esta foi uma iniciativa da Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia, através da Estrutura de Gestão do Destino Turístico Sustentável, Azores DMO, em parceria com a Secretaria Regional da Educação, cuja colaboração foi essencial para a concretização desta atividade. A ação de sensibilização teve como objetivo alertar para as várias problemáticas ambientais, e partilhar exemplos práticos dos Açores como destino sustentável, bem como incentivar o turismo interno na região, uma vez que os jovens são decisores de opinião na escolha do destino de férias, e o Arquipélago, como destino turístico, está em consonância com o turismo proativo e experiencial, cuja oferta assenta numa panóplia grande de atividades tanto em terra, como no mar. A ação teve ainda o propósito de criar uma consciência comum para a importância da necessidade de serem preservados os recursos naturais do mundo, e para a urgência de adoção comportamentos mais responsáveis. Existiu ao longo do dia um programa dinâmico, que abordou várias temáticas de turismo sustentável, e foram ainda partilhadas sugestões de como todos podem ser verdadeiros agentes de mudança na sociedade através das escolhas e dos comportamentos diários. Na concretização desta ação, o Governo Regional dos Açores conseguiu alcançar várias escolas da Região, e envolver os jovens estudantes. O trabalho próximo dos mais jovens é uma peça elementar para combater os vários desafios ambientais e para a futura sustentabilidade da Região e do planeta.

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Açores celebraram Dia Mundial da Terra com plantação de árvores em todas as ilhas

Os Açores celebraram na quinta-feira, dia 22 de abril, o Dia Mundial da Terra com uma plantação de espécies endémicas, em larga escala, que decorreu em todas as ilhas, no mesmo horário. Esta foi uma iniciativa da Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia, através da Estrutura de Gestão do Destino Turístico Sustentável, Azores DMO, em parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas, que apoiou esta atividade através das suas estruturas dos Parques Naturais de cada Ilha e dos Centros de Interpretação Ambientais. Esta ação fez parte do programa ‘Roadshow- Reserve’, um evento em formato único, promovido pela Direção Regional do Turismo e pela Associação do Turismo dos Açores, com o propósito de promover o destino turístico como seguro e sustentável. O evento foi replicado em todas as ilhas, e contou com a participação de vários meios de comunicação social nacionais e internacionais, os voluntários nas ações de plantação em cada ilha. Ao todo, foram plantadas cerca de 108 espécies endémicas, o que contribui para a conservação e proteção da biodiversidade das ilhas, através do reforço das populações destas espécies, bem como para a redução da pegada ecológica e mitigação das alterações climáticas, promovendo a prosperidade das condições dos habitats naturais e a captura de carbono da atmosfera, melhorando a qualidade do ar que respiramos. A Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia presta o seu especial agradecimento ao valioso apoio da Secretaria Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas pela estrutura colaborativa exemplar, e pela disponibilidade das estruturas dos Parques Naturais de Ilha, e agradece ainda à Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, pela cedência do plantio das várias espécies endémicas da competência da Direção Regional dos Recursos Florestais. Esta é mais uma iniciativa que reforça o posicionamento e a notoriedade dos Açores como destino turístico sustentável, da qual seria imprescindível o bom funcionamento da sua estrutura colaborativa. Esta plantação de árvores foi um evento de todos, para todos. A Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia agradece a colaboração, empenho e entusiasmo de todas as entidades envolvidas, colaboradores e voluntários que participaram nesta ação conjunta.

OTA lança inquérito aos residentes

O Observatório do Turismo dos Açores lançou um inquérito dirigido à comunidade local. Este tem como objetivo identificar as tendências de futuro para o setor do turismo, analisando os efeitos da pandemia na confiança dos turistas e nos planos de viagem.  O inquérito também avalia a intenção de férias de residentes na RAA e o impacto da COVID-19 no futuro das viagens. O inquérito está disponível a partir do website do OTA.

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Centros de reabilitação dos Açores já acolheram quase mil aves selvagens

O Diretor Regional do Ambiente, Hernâni Jorge, revelou hoje, à margem da ação de devolução ao meio natural de milhafre (Buteo buteo rothschildi), na Quinta de São Lourenço, que, desde o início da implementação da rede no Arquipélago, os Centros de Reabilitação de Aves Selvagens (CERAS-Açores) já acolheram, no total, 945 indivíduos, de diversas espécies. A reintrodução da ave de rapina na natureza decorreu após um período de tratamento no Centro de Reabilitação de Aves Selvagens do Pico, o que lhe permitiu recuperar dos ferimentos que apresenta numa das patas, resultantes de retenção em cativeiro, quando foi resgatada por uma equipa de Vigilantes da Natureza, no dia 8 de maio, na freguesia dos Flamengos, onde também foi libertada. Na ocasião, Hernâni Jorge, aproveitou para “condenar o comportamento daqueles – felizmente, cada vez menos -, que não respeitam a natureza e a biodiversidade”, acrescentando que “sendo o milhafre uma espécie protegida prioritária, a sua captura ou detenção em cativeiro constituem uma contraordenação ambiental grave, punível com coima entre 2.000 a 20.000 euros, em caso de negligência, ou de 4.000 a 40.000 euros, em caso de dolo”. Ver mais.

DiscoverAzores.eu cresceu mais de 25% durante a quarentena

Foi preciso uma pandemia para as inscrições de artistas açorianos na plataforma www.discoverazores.eu crescerem significativamente. “Durante as passadas 4 semanas, tivemos 160 inscrições na plataforma” anuncia Terry Costa, o diretor artístico da associação MiratecArts, com sede na ilha do Pico. Com o total de 660 artistas desde a arte digital, artes plásticas, performance, literatura, cinema & video, artes tradicionais e música, que neste momento lidera as inscrições, o site e programação da MiratecArts, têm sido catalisadores em criar sinergias entre artistas de várias ilhas e ainda entre estrangeiros e locais. “Há centenas mais de artistas nas nossas 9 ilhas, além dos açorianos e açorianas que vivem fora das ilhas, que podem se juntar” adiciona Terry Costa, “o site é aberto para todas e todos criativos na cultura artística.” Entrando na plataforma, preenchendo a sua informação, cria uma página promocional que liga ao mundo na Internet. E, num clique final em “registar-me” dá acesso às oportunidades da MiratecArts e ainda e-news com dicas para o mundo das artes além Açores. “Depois de se registarem, é com cada um o que deseja fazer e como participar” explica Terry Costa. “Em média, temos tido cerca de 10% dos colaboradores a participar anualmente, alguns através dos festivais, outros através dos programas que criamos online, outros com colaborações inter-ilhas e ainda outros que devem ficar satisfeitos só por fazerem parte da plataforma, porque nunca mais ouvimos deles. A MiratecArts é o que os nossos colaboradores desejam. Vamos ver como será depois dessa quarentena.” A plataforma www.discoverazores.eu  foi o primeiro projeto da MiratecArts, lançado em 2012, com o intuito de promover a internacionalização de arte açoriana. Depois da primeira campanha, descobriu-se que muito mais trabalho era necessário em casa, na região, e aí nasceu o Azores Fringe Festival em 2013, onde artistas podem usá-lo como uma montra do seu trabalho. Concursos e participações em feiras internacionais também já aconteceram, assim vivendo o mote do projeto de promover os Açores com arte e artistas, apoiado pela Direção Regional do Turismo. Fonte: Tribuna das Ilhas

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Governo dos Açores assinala Dia Mundial das Zonas Húmidas em todas as ilhas

A Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, através da Direção Regional do Ambiente, vai realizar diversas atividades de sensibilização e educação ambiental em todas as ilhas, integradas nas comemorações do Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se assinala a 2 de fevereiro e este ano é dedicado ao tema “Biodiversidade e Zonas Húmidas”. Estas ações, dinamizadas pelos serviços educativos dos Parques Naturais dos Açores, incluem saídas de campo para observação destes locais e a plantação de espécies endémicas, entre outras iniciativas. No sábado, 1 de fevereiro, destaque para a realização, no Faial, da atividade “Canyoning no Parque”, com uma descida em desfiladeiros, seguindo o curso de uma ribeira, que pretende proporcionar uma envolvência com a bio e a geodiversidade locais. Na Terceira, no mesmo dia, decorre a “Caminhada RAMSAR”, com um passeio interpretativo às Furnas do Enxofre, local classificado como Monumento Natural e parte integrante do sítio Ramsar ‘Planalto Central da Terceira’. No Corvo, a 2 de fevereiro, vai decorrer uma palestra sobre a importância das zonas húmidas e da preservação destes habitats, tendo como tema “Caldeirão – um Sítio Ramsar”, no Centro de Interpretação de Aves Selvagens. Nas Flores, também no domingo, realiza-se “Um Passeio por Zonas Húmidas”, através de um percurso pedestre para observação da Lagoa Funda, acompanhado de explicações sobre a importância da preservação dos recursos hídricos. Neste dia vão também decorrer atividades no Pico, com uma plantação de endémicas, e em São Jorge, com o percurso pedestre “Pelo olhar de um Vigilante da Natureza”, onde serão explicadas as caraterísticas da área protegida a visitar. Por coincidir com o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, muitas das ações previstas são dinamizadas por estes profissionais, destacando a sua missão na monitorização e vigilância da Rede de Áreas Protegidas dos Açores. Ainda em São Jorge, mas no dia 3 de fevereiro, realiza-se uma saída de campo à Fajã dos Cubres onde se vai abordar a fauna e flora locais, dando ênfase à zona húmida. A partir de segunda-feira e até 28 de fevereiro, na Graciosa, vão realizar-se saídas de campo para recolha e análise de amostras de água de diferentes proveniências, como água da torneira, dos chafarizes dos tanques, dos poços e da Furna da Água, sob o tema “Reservas de Água”. Além destas saídas, destinadas aos ATL locais, durante a próxima semana vai ainda decorrer nesta ilha uma visita guiada à Furna do Enxofre e a dinamização, através do Parque Escola, de  mais uma atividade denominada “Tabuleiro das Zonas Húmidas dos Açores”. Em São Miguel, na mesma data, realiza-se um percurso pedestre da Loja do Parque até ao Túnel das Sete Cidades, para observação da biodiversidade local do Sítio Ramsar do Complexo Vulcânico das Sete Cidades. Em Santa Maria, a 8 de fevereiro, vão ter lugar “Aventuras e Descobertas” no Pico Alto, num percurso pedestre no ponto mais alto da ilha planeado para famílias e com o objetivo de promover a observação da bio e geodiversidade locais. Nos Açores foram oficialmente designadas 13 Zonas Húmidas de Importância Internacional pela Convenção Ramsar, nomeadamente o Caldeirão do Corvo, o Planalto Central das Flores (Morro Alto), a Caldeira do Faial, o Planalto Central do Pico (Achada), o Planalto Central de São Jorge (Pico da Esperança), as Fajãs das Lagoas de Santo Cristo e dos Cubres, em  São Jorge, a Caldeira da Graciosa (Furna do Enxofre), o Planalto Central da Terceira (Furnas do Enxofre e Algar do Carvão), o Paul da Praia da Vitória, o Complexo Vulcânico das Furnas, o Complexo Vulcânico das Sete Cidades, o Complexo Vulcânico do Fogo, os Ilhéus das Formigas e o Recife Dollabarat, totalizando uma área de aproximadamente 13 mil hectares. Todos estes sítios, à exceção do Paul da Praia da Vitória, encontram-se inseridos na Rede de Áreas Protegidas dos Açores e são geridos pela Direção Regional do Ambiente, através dos Parques Naturais de Ilha. O Dia Mundial das Zonas Húmidas resulta da Convenção sobre Zonas Húmidas, geralmente conhecida como Convenção de Ramsar, por ter sido adotada a 2 de fevereiro de 1971 nesta cidade iraniana, e visa promover a cooperação internacional e incentivar a conservação e o uso sustentável das zonas húmidas. Portugal homologou a Convenção em 1980 e tem 31 Zonas Húmidas de Importância Internacional classificadas ao abrigo deste tratado (sítios Ramsar), incluindo as que se localizam no arquipélago dos Açores. Entre os serviços ecossistémicos prestados pelas zonas húmidas destacam-se o abastecimento dos aquíferos e a filtragem natural dos recursos hídricos, a prevenção de fenómenos climáticos, tanto de cheias, como de secas, e os recursos em biodiversidade, geodiversidade e paisagísticos de elevado valor económico, científico, cultural e recreativo. Às ações promovidas diretamente pela Direção Regional do Ambiente, e desenvolvidas pelos Parques Naturais de Ilha, associam-se diversas entidades, como municípios, escolas e organizações não governamentais, envolvendo um vasto público escolar e as comunidades. Para conhecer melhor as Zonas Húmidas dos Açores e o calendário de eventos, os interessados podem consultar o portal oficial da Convenção de Ramsar, em http://ramsar.org/, assim como os diversos portais temáticos da Direção Regional do Ambiente: http://educarparaoambiente.azores.gov.pt ; http://siaram.azores.gov.pt/vegetacao/zonas-humidas/_intro.html e http://www.azores.gov.pt/Gra/srrn-natureza/menus/secundario/Áreas+RAMSAR/.

Marta Guerreiro anuncia certificação dos Açores como destino turístico sustentável

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo anunciou hoje que os Açores foram certificados como destino turístico sustentável, através da certificadora EarthCheck e ao abrigo dos rigorosos critérios da Global Sustainable Tourism Council (GSTC). “Somos o primeiro e único arquipélago no mundo com esta certificação”, bem como “a única região de Portugal, num conjunto de 13 regiões do mundo e apenas oito países”, afirmou Marta Guerreiro, que falava, em Angra do Heroísmo, na sessão de abertura do Congresso Anual da GSTC, que reúne cerca de 300 participantes de 42 nacionalidades, cerimónia a que presidiu em representação do Presidente do Governo, Vasco Cordeiro. “Hoje marcamos a diferença, uma vez mais, entre quem fica no passado e quem tem um papel de liderança na construção do futuro”, frisou a governante, acrescentando que, “orgulhosamente, afirmo que os Açores estão a liderar esse caminho a nível mundial”. “Estamos na linha da frente”, reforçou a Secretária Regional, salientando que este foi um “compromisso” do Governo dos Açores, mas que os Açorianos, desde logo, “assumiram como seu”. “As pessoas e as entidades estiveram connosco, cumpriram connosco”, frisou. “Para nós, esta é a forma de fazer política, de estar, de ouvir, de refletir, de integrar, de produzir e de cumprir”, salientou Marta Guerreiro, referindo que o Governo dos Açores deu início ao processo de certificação do destino em dezembro de 2017, no âmbito da conferência ‘Açores 2017: no rumo do turismo sustentável’, um evento integrado nas comemorações do Ano Internacional do Turismo Sustentável. “Hoje fica aqui a nossa promessa de continuar a trabalhar para fazer sempre dos Açores aquilo que hoje é: um destino turístico sustentável”, reforçou a governante, deixando nota de que se trata de “um desafio que se estende a todos os agentes do setor, que já mostraram estar envolvidos neste compromisso rumo à sustentabilidade, colaborando neste projeto com elevado empenho e dedicação, mas, acima de tudo, com elevado entusiasmo e responsabilidade”. Para a Secretária Regional, “a certificação que hoje recebemos não é um fim em si mesmo, pelo contrário, um destino certificado em termos de sustentabilidade nunca pode considerar que o seu trabalho esta feito”, estando “continuamente atento ao seu desenvolvimento e à sua performance, envolvendo um cada vez maior leque de intervenientes e atores locais e internacionais”. “Fomos repetindo, variadas vezes, que tudo faríamos para que a sustentabilidade passasse de utopia a realidade, numa ação mais presente e consequente na vida de todos nós”, afirmou a Secretária Regional, considerando que a certificação só foi possível porque “houve uma humildade coletiva de aceitar este trabalho constante de autoanálise e de melhoria”. Marta Guerreiro referiu que o processo se desenvolveu em várias fases, destacando a última, a auditoria no local, que garantiu “total transparência e exigência em todo o processo”, e que incluiu “a revisão de toda a documentação e dos dados recolhidos na fase de ‘Benchmarking’, bem como a visita oficial a três ilhas do arquipélago escolhidas pela Earthcheck: São Miguel (Grupo Oriental), Terceira (Grupo Central) e Flores (Grupo Ocidental), tendo sido visitadas várias infraestruturas em cada uma destas ilhas, como centrais elétricas, centros de processamento de resíduos ou estações de tratamento de águas, de forma a ser verificada a sua conformidade face aos critérios”. Na ocasião, a Secretária Regional apontou os vários projetos em curso no rumo da sustentabilidade, com destaque para a Cartilha de Sustentabilidade, com subscrições públicas e anuais de compromissos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU por empresas, associações e setor público, que conta com “cerca de 100 subscritores distribuídos por todas as ilhas, com mais de 300 objetivos públicos”.