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Governo dos Açores assinala Dia Mundial das Zonas Húmidas em todas as ilhas

A Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, através da Direção Regional do Ambiente, vai realizar diversas atividades de sensibilização e educação ambiental em todas as ilhas, integradas nas comemorações do Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se assinala a 2 de fevereiro e este ano é dedicado ao tema “Biodiversidade e Zonas Húmidas”. Estas ações, dinamizadas pelos serviços educativos dos Parques Naturais dos Açores, incluem saídas de campo para observação destes locais e a plantação de espécies endémicas, entre outras iniciativas. No sábado, 1 de fevereiro, destaque para a realização, no Faial, da atividade “Canyoning no Parque”, com uma descida em desfiladeiros, seguindo o curso de uma ribeira, que pretende proporcionar uma envolvência com a bio e a geodiversidade locais. Na Terceira, no mesmo dia, decorre a “Caminhada RAMSAR”, com um passeio interpretativo às Furnas do Enxofre, local classificado como Monumento Natural e parte integrante do sítio Ramsar ‘Planalto Central da Terceira’. No Corvo, a 2 de fevereiro, vai decorrer uma palestra sobre a importância das zonas húmidas e da preservação destes habitats, tendo como tema “Caldeirão – um Sítio Ramsar”, no Centro de Interpretação de Aves Selvagens. Nas Flores, também no domingo, realiza-se “Um Passeio por Zonas Húmidas”, através de um percurso pedestre para observação da Lagoa Funda, acompanhado de explicações sobre a importância da preservação dos recursos hídricos. Neste dia vão também decorrer atividades no Pico, com uma plantação de endémicas, e em São Jorge, com o percurso pedestre “Pelo olhar de um Vigilante da Natureza”, onde serão explicadas as caraterísticas da área protegida a visitar. Por coincidir com o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, muitas das ações previstas são dinamizadas por estes profissionais, destacando a sua missão na monitorização e vigilância da Rede de Áreas Protegidas dos Açores. Ainda em São Jorge, mas no dia 3 de fevereiro, realiza-se uma saída de campo à Fajã dos Cubres onde se vai abordar a fauna e flora locais, dando ênfase à zona húmida. A partir de segunda-feira e até 28 de fevereiro, na Graciosa, vão realizar-se saídas de campo para recolha e análise de amostras de água de diferentes proveniências, como água da torneira, dos chafarizes dos tanques, dos poços e da Furna da Água, sob o tema “Reservas de Água”. Além destas saídas, destinadas aos ATL locais, durante a próxima semana vai ainda decorrer nesta ilha uma visita guiada à Furna do Enxofre e a dinamização, através do Parque Escola, de  mais uma atividade denominada “Tabuleiro das Zonas Húmidas dos Açores”. Em São Miguel, na mesma data, realiza-se um percurso pedestre da Loja do Parque até ao Túnel das Sete Cidades, para observação da biodiversidade local do Sítio Ramsar do Complexo Vulcânico das Sete Cidades. Em Santa Maria, a 8 de fevereiro, vão ter lugar “Aventuras e Descobertas” no Pico Alto, num percurso pedestre no ponto mais alto da ilha planeado para famílias e com o objetivo de promover a observação da bio e geodiversidade locais. Nos Açores foram oficialmente designadas 13 Zonas Húmidas de Importância Internacional pela Convenção Ramsar, nomeadamente o Caldeirão do Corvo, o Planalto Central das Flores (Morro Alto), a Caldeira do Faial, o Planalto Central do Pico (Achada), o Planalto Central de São Jorge (Pico da Esperança), as Fajãs das Lagoas de Santo Cristo e dos Cubres, em  São Jorge, a Caldeira da Graciosa (Furna do Enxofre), o Planalto Central da Terceira (Furnas do Enxofre e Algar do Carvão), o Paul da Praia da Vitória, o Complexo Vulcânico das Furnas, o Complexo Vulcânico das Sete Cidades, o Complexo Vulcânico do Fogo, os Ilhéus das Formigas e o Recife Dollabarat, totalizando uma área de aproximadamente 13 mil hectares. Todos estes sítios, à exceção do Paul da Praia da Vitória, encontram-se inseridos na Rede de Áreas Protegidas dos Açores e são geridos pela Direção Regional do Ambiente, através dos Parques Naturais de Ilha. O Dia Mundial das Zonas Húmidas resulta da Convenção sobre Zonas Húmidas, geralmente conhecida como Convenção de Ramsar, por ter sido adotada a 2 de fevereiro de 1971 nesta cidade iraniana, e visa promover a cooperação internacional e incentivar a conservação e o uso sustentável das zonas húmidas. Portugal homologou a Convenção em 1980 e tem 31 Zonas Húmidas de Importância Internacional classificadas ao abrigo deste tratado (sítios Ramsar), incluindo as que se localizam no arquipélago dos Açores. Entre os serviços ecossistémicos prestados pelas zonas húmidas destacam-se o abastecimento dos aquíferos e a filtragem natural dos recursos hídricos, a prevenção de fenómenos climáticos, tanto de cheias, como de secas, e os recursos em biodiversidade, geodiversidade e paisagísticos de elevado valor económico, científico, cultural e recreativo. Às ações promovidas diretamente pela Direção Regional do Ambiente, e desenvolvidas pelos Parques Naturais de Ilha, associam-se diversas entidades, como municípios, escolas e organizações não governamentais, envolvendo um vasto público escolar e as comunidades. Para conhecer melhor as Zonas Húmidas dos Açores e o calendário de eventos, os interessados podem consultar o portal oficial da Convenção de Ramsar, em http://ramsar.org/, assim como os diversos portais temáticos da Direção Regional do Ambiente: http://educarparaoambiente.azores.gov.pt ; http://siaram.azores.gov.pt/vegetacao/zonas-humidas/_intro.html e http://www.azores.gov.pt/Gra/srrn-natureza/menus/secundario/Áreas+RAMSAR/.

Marta Guerreiro anuncia certificação dos Açores como destino turístico sustentável

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo anunciou hoje que os Açores foram certificados como destino turístico sustentável, através da certificadora EarthCheck e ao abrigo dos rigorosos critérios da Global Sustainable Tourism Council (GSTC). “Somos o primeiro e único arquipélago no mundo com esta certificação”, bem como “a única região de Portugal, num conjunto de 13 regiões do mundo e apenas oito países”, afirmou Marta Guerreiro, que falava, em Angra do Heroísmo, na sessão de abertura do Congresso Anual da GSTC, que reúne cerca de 300 participantes de 42 nacionalidades, cerimónia a que presidiu em representação do Presidente do Governo, Vasco Cordeiro. “Hoje marcamos a diferença, uma vez mais, entre quem fica no passado e quem tem um papel de liderança na construção do futuro”, frisou a governante, acrescentando que, “orgulhosamente, afirmo que os Açores estão a liderar esse caminho a nível mundial”. “Estamos na linha da frente”, reforçou a Secretária Regional, salientando que este foi um “compromisso” do Governo dos Açores, mas que os Açorianos, desde logo, “assumiram como seu”. “As pessoas e as entidades estiveram connosco, cumpriram connosco”, frisou. “Para nós, esta é a forma de fazer política, de estar, de ouvir, de refletir, de integrar, de produzir e de cumprir”, salientou Marta Guerreiro, referindo que o Governo dos Açores deu início ao processo de certificação do destino em dezembro de 2017, no âmbito da conferência ‘Açores 2017: no rumo do turismo sustentável’, um evento integrado nas comemorações do Ano Internacional do Turismo Sustentável. “Hoje fica aqui a nossa promessa de continuar a trabalhar para fazer sempre dos Açores aquilo que hoje é: um destino turístico sustentável”, reforçou a governante, deixando nota de que se trata de “um desafio que se estende a todos os agentes do setor, que já mostraram estar envolvidos neste compromisso rumo à sustentabilidade, colaborando neste projeto com elevado empenho e dedicação, mas, acima de tudo, com elevado entusiasmo e responsabilidade”. Para a Secretária Regional, “a certificação que hoje recebemos não é um fim em si mesmo, pelo contrário, um destino certificado em termos de sustentabilidade nunca pode considerar que o seu trabalho esta feito”, estando “continuamente atento ao seu desenvolvimento e à sua performance, envolvendo um cada vez maior leque de intervenientes e atores locais e internacionais”. “Fomos repetindo, variadas vezes, que tudo faríamos para que a sustentabilidade passasse de utopia a realidade, numa ação mais presente e consequente na vida de todos nós”, afirmou a Secretária Regional, considerando que a certificação só foi possível porque “houve uma humildade coletiva de aceitar este trabalho constante de autoanálise e de melhoria”. Marta Guerreiro referiu que o processo se desenvolveu em várias fases, destacando a última, a auditoria no local, que garantiu “total transparência e exigência em todo o processo”, e que incluiu “a revisão de toda a documentação e dos dados recolhidos na fase de ‘Benchmarking’, bem como a visita oficial a três ilhas do arquipélago escolhidas pela Earthcheck: São Miguel (Grupo Oriental), Terceira (Grupo Central) e Flores (Grupo Ocidental), tendo sido visitadas várias infraestruturas em cada uma destas ilhas, como centrais elétricas, centros de processamento de resíduos ou estações de tratamento de águas, de forma a ser verificada a sua conformidade face aos critérios”. Na ocasião, a Secretária Regional apontou os vários projetos em curso no rumo da sustentabilidade, com destaque para a Cartilha de Sustentabilidade, com subscrições públicas e anuais de compromissos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU por empresas, associações e setor público, que conta com “cerca de 100 subscritores distribuídos por todas as ilhas, com mais de 300 objetivos públicos”.

Marta Guerreiro salienta importância da realização do Congresso Anual da GSTC na Terceira

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo salientou hoje a importância da realização do Congresso Anual da Global Sustainable Tourism Council, que vai decorrer no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, entre 4 e 7 de dezembro. Marta Guerreiro apelou à participação dos agentes do setor, reforçando que “é um momento muito importante para o turismo dos Açores porque se trata de um dos maiores eventos em termos internacionais sobre o desenvolvimento sustentável”. “Queremos que seja um momento de partilha, debate e reflexão, não só sobre esta temática a nível internacional, mas, sobretudo, a nível regional, tendo em conta o processo em curso de certificação dos Açores como Destino Turístico Sustentável”, sublinhou. Segundo a governante, “são esperados cerca de 150 participantes”, num congresso que considerou ser uma “oportunidade única de projetar os Açores na cena internacional da sustentabilidade, reforçando o reconhecimento interno das potencialidades que a Região pode ter como destino turístico sustentável”. Sob o tema ‘Navigating the Way Forward in Sustainable Tourism’, o congresso vai debruçar-se sobre áreas como ‘Smart & Sustainable Destination Management’, ‘Market Opportunities and Challenges for Sustainable Products’ e ‘Is Tourism Responding to Climate Change?’. “Acreditamos que este será, provavelmente, um dos melhores congressos da GSTC, reunindo vários oradores, vindos de todo o mundo, que se destacam pela sua relevância nos cargos que ocupam”, frisou Marta Guerreiro, apontando como exemplo o CEO da EarthCheck, Stewart Moore, o consultor da Innovation Norway, Ingunn Sornes, e a Diretora do Gabinete de Sustentabilidade da TUI, Jane Ashton. O programa do evento pode ser consultado em https://www.gstcouncil.org/gstc2019/program/ As inscrições para residentes nos Açores, podem ser realizadas através do endereço eletrónico https://www.gstcouncil.org/gstc2019/azorean-registration/. Os detentores do galardão Miosótis, bem como os detentores de esquemas de certificação acreditados e/ou reconhecidos pelos GSTC, têm acesso a um desconto adicional. A titular da pasta do Turismo falava, no âmbito da visita do Governo à ilha Terceira, à margem da visita ao empreendimento turístico ‘Casa das Cinco’. “Este é mais um excelente exemplo de qualificação da nossa oferta”, frisou a Secretária Regional, acrescentando que a ‘Casa das Cinco’ era uma antiga Casa da Guarda Fiscal que foi transformada numa “pitoresca casa de turismo”, com uma “excelente localização de proximidade com o mar e com Angra do Heroísmo, cidade Património Mundial”.